Influenciadores Digitais

O surgimento do Marketing de Influência precedeu a era digital. Muito antes da existência do termo, a capacidade de influenciar pessoas já era uma qualidade reconhecida em grandes filósofos e pensadores.

 

A partir do século XIX, marcas começaram a associar seus produtos à figura de pessoas famosas, como por exemplo marcas de alimentos que ilustravam suas embalagens com rostos conhecidos pela sociedade, a fim de gerar maior reconhecimento e credibilidade ao produto. Com o surgimento do cinema mudo, personagens fictícios também começaram a ser usados como “garotos propaganda” de marcas.

 

O contexto todo mudou com o surgimento da televisão e popularização da música e do cinema. Uma legião de fãs se formava e, consequentemente, as celebridades começavam a aparecer. E é claro que as marcas buscaram se associar a essas estrelas. Para exemplificar, podemos citar o caso brasileiro do ator Carlos Moreno, que começou a estrelar os comerciais da Bombril nos anos 70 e assim continuou pelos 40 anos seguintes. 

 

O caminho começa a ganhar outra proporção com a chegada da internet. O grande divisor de águas é quando a web passou a ser o ambiente no qual as pessoas não só faziam uso das informações disponíveis, mas também passaram a contribuir na geração de conteúdo, através das famigeradas redes sociais. 

 

A partir de 2010, plataformas de fotos e vídeos ganharam força, levando à fama e popularização dos criadores de conteúdo, que começaram a criar suas próprias audiências online.

Assim, os influenciadores não eram mais meros rostos famosos para o público, também geravam conteúdo relevante para seus nichos e criavam uma espécie de senso de “comunidade” entre seus seguidores. 

 

Por volta de 2015, as marcas começaram a entender que a grande oportunidade não estava apenas nos influenciadores com milhões de seguidores, mas também nos influencers locais. E passaram a surgir cases de sucesso de marcas que traçaram suas estratégias com dezenas ou centenas de micro-influenciadores, potencializando o alcance da mensagem.

 

Nos anos seguintes, as empresas começaram a prestar ainda mais atenção no Marketing de Influência e intensificar as ações do gênero. Juntamente, nasceram as primeiras ferramentas de localização, gestão e acompanhamento de influenciadores, um novo modelo de contratação que fomentou ainda mais a categoria.

Hoje, a estratégia de marketing de influência não é mais uma tendência e sim uma realidade para o setor. Cada vez mais os influenciadores digitais, sejam eles micro ou macro, serão cobrados pela criação de conteúdos relevantes e alinhados à marca contratante, pela entrega de resultados e construção de uma base de seguidores engajada e qualificada. A dúvida que fica é como esse mercado se transformará nos próximos anos e o quão sustentável ele é.

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